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Wednesday, December 20, 2006

Mas é isso mesmo, não? Estamos todos fadados ao apego desmedido. Nos esquecemos que a vida é efêmera e para voar precisamos de ventos e de velocidade. Esses sapatos de chumbo teimam em nos firmar: instintos de sobrevivência desnecessários em tempos de abastança. Também tenho pensado e repensado tudo. O tempo urge, a vida escoa... Olho no espelho e tenho apenas vinte anos. Parece bobagem mas eternizar passados às vezes não passa de nostalgias recorrentes. Fiquei sabendo de planos que já ficaram para o outro ano. Pena. Os trens têm horários rígidos. E passam de tempos em tempos por nosso presente. É preciso coragem para embarcar. E também para as necessárias despedidas do que ficará pra trás. No fundo tudo se ajeita. Escolhas são sempre traumáticas mas imprescindíveis e inevitáveis. Não escolher já é uma escolha...

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