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Friday, December 28, 2007

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Verdades líquidas,
espasmos...
Quadro de realidades
molhadas.
Passados...
Imaginário de fotografias
desbotadas.
Presente.
Vitrola de aromas:
sussurros.
Ausente.
Lábios e carne.
Viscosidades
sinuosas...
Terremoto
interior:
tremor ...
Acho que eu
andei fora do mundo:
catando
estrelas.


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Thursday, December 13, 2007

ANO NOVO, VELHOS VENENOS...

BAR
Haverá ainda pequenos bares vagabundos
Com carnes de Extremo-Oriente
Para abrigar o ano novo.
Pequenos bares com marinheiros lendários
Cujos cachimbos consumirão antigos venenos
Bares leves inflados de fumaças
Pequenos bares evanescentes à claridade da aurora.
Bares onde o sol e seu trajeto brilham
Na profunda laca avermelhada das taças;
Bares repletos da animação das mesas,
e vidraças mortas
Onde estudantes não meterão o nariz.
Pois haverá outros venenos a corroer
A Árvore Viva de nossas fibras prestes a eclodir,
Há vinhos não secretados por vinhas terrestres
Tão violentos quanto catástrofes.
Salve, ó bar, que nos fornece venenos
E misérias, e dores e sustos
Lançando-nos na nudez de nossas almas
Em cais inacessíveis aos tormentos.
Um silêncio te guarda e nos protege
Silêncio onde não vem se perder a medicina,
Um silêncio que nos cura na morfina
Sem receitas, nem decretos.
ANTONIN ARTAUD

Sunday, December 09, 2007

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Thai Girl,
Verdade que ando
um tanto sumido...
Coisas de seca e
de percalços inesperados.
Estive por aí mas
foi num risco.
Mesmo um risco n'água.
Nem deu pra ir
ao Teatro.
O bastante apenas
pra desdizer uma certeza
que eu tinha de que o
passado não volta.
Revi alguém do passado
e a viscosidade continuava
a mesma...
Bobagens minhas, confidências.
Agora só irei aparecer por aí no
vindouro.
Ano que finda, arremates
pra alinhavar...
Beijos outros, abraços!!!
r.