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Tuesday, March 27, 2007

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Ob,
Anos, ônus. Viver tem preço.
Tempo que nos escorre por entre os dedos.
Bom te ver alegre nessas passagens.
O Porto rubro coloriu tudo.
Escuto Manu chao, gosto.
Cada dia que passa sua identidade fica mais definida.
É sempre bom sermos nós mesmos...
Energias extras como formigas transeuntes.
Nada.
...
Sempre é muito pouco.
Melhor algures.
Felicidades e um abraço amigo:
Parabéns!!!
A sorte tem dentes lindos!!!
Apenas tome cuidados devidos
com pequenas bobagens.
Elas são deliciosamente idiotas.
Zuns e zumbidos...
O gás aquece muito as orelhas. ...
Rss!!!
r.
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Thai Girl,
Eu andei com umas pontadinhas no peito.
Cousas de bebedeiras
e cigarros insinuantes...
Isso anda sendo sempre,
por aqui...
Amigos novos, limites reavaliados. ...
É verdade.
Tem muito que já estou em casa.
Foi uma viagem boa:
poucos percalços, muitos deleites.
O que você me disse valeu um tanto.
Pena esses ares secos de outono, a gostos adiantados...
Quisera meu carro para zanzar mais...
Coisas e coisas...
D'outra vez quero ver você.
Deve demorar um tico,
creio.
Mas que se há de fazer:
É preciso vender algumas almas
para a sobrevivência cotidiana.
Um comércio necessário, triste.
É isso, acho.
Você gosta de Chianti?
Beijos, outros,
meus!!!
r.

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Pois é Tank Girl,
Agora é a viagem de volta.
Mas é isso mesmo, não?
Estamos todos fadados ao apego desmedido.
Nos esquecemos que a vida é efêmera
e para voar precisamos de ventos
e de velocidade.
Esses sapatos de chumbo
teimam em nos firmar: instintos de sobrevivência
desnecessários em tempos de abastança.
Também tenho pensado e repensado
tudo.
O tempo urge, a vida escoa...
Olho no espelho e tenho apenas vinte anos.
Parece bobagem mas eternizar passados
às vezes não passa de nostalgias recorrentes.
Fiquei sabendo
de seus planos que já ficaram para o outro ano.
Pena.
Os trens têm horários rígidos.
E passam de tempos em tempos
por nosso presente.
É preciso coragem para embarcar.
E também para as necessárias despedidas
do que ficará pra trás.
No fundo tudo se ajeita.
Escolhas são sempre traumáticas
mas imprescindíveis e inevitáveis.
Não escolher já é uma escolha...
E eu sempre dizendo
coisas...
Bobagens,
insistentes bobagens
minhas.
See "u" in December!!!
Beijo!
r.
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K,
Eu continuo aqui. Cabelo branco da tinta
que escorre do teto.
Nunca fui um bom pintor.
Nem mesmo de paredes,
como agora.
Tento cobrir o amarelo do passado...
Duas, três mãos e ele insiste, recalcitrante,
no fundo...
Tenho até o feriado.
Depois da bagunça e dos retoques
eu irei embora.
Minhas mocinhas ruminam
à minha espera.
Elas engordam sob meus olhos.
Pena não viverem nas metrópoles,
como na India.
Pena...
Saudades de brincar
com crianças
que não nasceram,
saudades inatingíveis...
Sempre falo coisas
umbilicais
e você nunca me diz nada.
Fico curioso do seu futuro...
Abraços meus!!!
r.


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...
Escadas.
E esse olhar quadriculado.
Essa sua boca
insinuando um grito.
Algo dentro.
Coisas, confusos pensamentos... O gosto
alternado entre a violência
e o carinho:
medo.
Cabelos escorridos, pernas de louça.
Botas militares.
Agonias e prazeres...
Apenas o ruído da respiração
e uma aranha no teto...
Vozes...
Quando será que elas irão parar
de dizer coisas
nos meus ouvidos???
Tempo que cura
e mata.
Tempo que enruga
tudo.
Tempo que nos faz olhar
pra trás
quando já é tarde.
Vida.
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Emília....
a vida, Senhor Visconde, é um pisca - pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.
Um rosário de piscadas.
Cada pisco é um dia.
pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre - perguntou o Visconde.
- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?
Monteiro Lobato.
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Tuesday, March 20, 2007

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Conheci Romã em baires.
Todos nós
viviamos de bons ares,
naquele tempo:
Mamadeiras, café em pó, candidatos.
Pesquisas e periferias...
Eu a vi passar por vários infernos.
Depois fui embora.
Notícias
só as bidimencionais.
Mas sempre amei dela
aquele abraço de torniquete.
Dava pra sentir o coração
batendo...
Parecia uma fusão de desesperos.
Uma década, ou mais,
eu não a vejo mas é como se fosse
ontem.
Acho que somos eternos e lindos:
amigos. Agora ela está de volta.
Baires...
O tempo nos escorre
e temos coisas
e coisas para dizer...
Espero vê-la logo.
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Você veio?
O meu nariz escorre
como a chuva lá fora.
Uma fundeza...
A gripe me chegou ontem
e segue.
Não há remédio:
apenas o tempo cura todas as mazelas.
A vida por aqui segue
a passos de tartaruga.
Festas que não são para meus olhos
marrons.
Abraços meus: Saudade!!!
r.
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Deveras.
Adoro reencontrá-la,
sempre.
Talvez o tempo congele tudo até a próxima vez.
As novidades afloram mas a amizade vem de outros séculos...
Fui labutar com minhas mocinhas e isso
me recarregou as baterias.
Estou, já, um tanto melhor.
Acho que mudei de fase:
agora tusso como um basset asmático.
Mas é assim mesmo.
Logo passará e eu voltarei ainda outra vez
aos mesmos venenos.
A vida é um círculo de vícios necessários.
Samsara.
Prazeres e, depois,
lágrimas pseudo-arrependidas.
Nos enganamos o tempo todo.
No fundo pensamos que nós somos os outros
a quem podemos iludir.
Tem gente que até consegue.
Vislumbres do irremediável.
E quem quer a verdade?
Melhor sonhar, melhor o extase!
Eu elucubrando
novamente.
Abraços meus!!!
r.


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Cidades pequenas,
vidas pequenas
- Se você dança com o diabo,
o diabo não muda:
Ele muda você! De súbito olhamos no
espelho
e nos damos conta
que muito tempo passou enqüanto
comentávamos o futebol,
a novela,
os problemas da vizinhança...
E o que realmente importava ficou
esquecido, adormecido.
Mas a vida é assim mesmo:
acabamos por viver no limite
do que nos é possível.
Acredito mesmo que devamos
ser assim para que
possamos conseguir alguma cousa de real
e de concreto nesses
tempos de isopor.
Abraços!!!
r.


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Cá estou,
de novo... Pareço procurar o que não perdi.
Ou aquele olhar escondido no meio de tantas faces aneantidas...
Estou de volta ao seu mar de asfalto e desespero...
Gosto, me sinto em casa, novamente. ...
E ficarei por uns dez dias,
desta vez. Quero outras recomendações
suas! Abraços,
outros!!!
r.
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Sempre me sinto em casa
quando entro nas cidades em que vivi.
Mas, agora, ando lerdo...
Seduzido pela comodidade, pelo conforto...
"Ocê mire e veja": Eu finalmente cheguei:
delícias em cetim vermelho!
Ressacas e contas... Banco... Filas.
Atrás...
Sinuca necessária, jogo:
Destino implacável. Vida.
Morrer três vezes, Forró...
Será, então.
Escuto músicas daqui ...
Irei depois das novidades?! Você sabe:
Dançar ... adoro!!! Meus cabelos ficam
eletrificados, como parafina ...
Outros oráculos para dizer
mesmas lágrimas...
São Pedro chora, chove.
Gotículas escorrem enqüanto digito...
Subterfúgios de fundo.
Saudades de mim mesmo, antes.
Adoro Mozart... Simbolismos....
Espero, mas adoro.
Depois será,
agora.
Amanhã.... bobagens....
O W.C. fica onde mesmo?!
Nos vemos num desses espaços
entre as notas: pausas,
cruzilhas...
Abraços, outros!!!
r.
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Você sabe... Eu vou indo assim
como se não fosse...
Mesmos desfechos com copos
diferentes...
Quando o ano vai acabando
eu me sinto triste:
Parece que não conquistei
todos os territórios que
me pertenciam por direito.
Meu cavalo anda troteando em refugos.
Não sei... Novembro chove. Gotas com cheiros
de musgo e de passado.
Minha mochila está pronta de novo. Perambular
me faz enxergar meu umbigo.
Bobagens, outras...
Abraços, novos!!!
r.


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