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Monday, January 29, 2007

Açores

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Augusta

A azáfama é enorme!
Corpos de olhar distante,
Submersos e deslocados.
Um a um, e por rotina,
Batem e chocam absortos
Na multidão solitária
Da rua que se despe,
Por detrás de qual biombo,
Onde se esconde a ansiedade.
Respiram extenuados
Gases, venenos fumados,
Monóxidas correntes, correntes
De toldos, gritos, pregões
De gente, de muitas gentes,
Numa osmose de ilusões! ... ... ...

José Armelim

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E. E. Cummings

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estrênua brevidade
Vida:
realejos e abril
treva, amigos
eu me lanço rindo.
Nas tintas fio-de-cabelo
da aurora amarela,
no ocaso colorido de mulheres

eu sorrisando
deslizo. Eu
na grande viagem escarlate
nado, dizendomente;

(Você sabe?) o
sim, mundo
é provavelmente feito
de rosas & alô:

(de atélogos e,cinzas)

(tradução: Augusto de Campos )


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De amores e de arte.
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"Não basta um grande amor
para fazer poemas.
E o amor dos artistas, não se enganem,
não é mais belo
que o amor da gente.

O grande amante é aquele que silente
se aplica a escrever com o corpo
o que seu corpo deseja e sente.

Uma coisa é a letra,
e outra o ato,

- quem toma uma por outra
confunde e mente."

Arte-Final - Affonso Romano de Sant'Anna


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